Em São Paulo também tem o Luiz Carlos de Moraes, Campanile, Carlos Silveira, que dão show e deveriam ser mais escalados, nem que seja no remoto, pra esses blockbusters da Disney e DreamWorks
Em São Paulo também tem o Luiz Carlos de Moraes, Campanile, Carlos Silveira, que dão show e deveriam ser mais escalados, nem que seja no remoto, pra esses blockbusters da Disney e DreamWorks
Tem mais ainda: Nelson Machado, Gilberto Baroli, Eudes Carvalho, Walter Cruz, Walter Breda, Renato Márcio, Lobue (a depender do papel). E todos tem 30-40 anos de dublagem no mínimo.
É triste ver essas pessoas serem esquecidas, até excluídas. Pô, era de cortar o coração ver o Isaac Bardavid falando pra diretores em entrevistas: me usem enquanto eu ainda estou aqui.
Eu sei que ele teve enfisema, mas ele mesmo disse que poderia fazer qualquer filme que não precisasse se espernear de gritar, ele podia fazer qualquer drama.
Lembro também do Wendel Bezerra comentando que a Gessy Fonseca com quase 90 anos tinha reflexos melhores que dublador de 20.
Cara, pra qualquer diretor que seja, ter a Gessy Fonseca no filme dele não é perder, é ganhar. Ter o Isaac Bardavid no filme dele, não é perder, é ganhar.
Até que o Campanile e o Silveira estão aparecendo com frequência ultimamente em produções da TV Group / Disney. Curioso eles não terem pego ninguém de relevância ainda do UCM.
O Nelson Machado e o Baroli estão praticamente sumidos, acho que por decisão própria (especialmente o Nelson, que parece só preferir trabalhar na Centauro).
Não sabemos as circunstâncias de cada um também. Alguns podem preferir não pegar tanto personagem, ou não continuarem em personagens longevos. O próprio Pádua parece ter prefeirido não continuar no Zazu em A Guarda do Leão, e provavelmente iria ser a mesma coisa no Darth Vader (mas nesse caso ele foi substituído por conta de problemas na garganta pelo Fortuna).
E não é porque alguém tem a mesma idade que outro que isso significa que eles têm a mesma energia pra dublar. São poucos que chegam a ser uma Selma Lopes, um Orlando Drummond ou mesmo uma Gessy Fonseca da vida. Nem todo mundo quer dublar até o fim da vida. Alguns decidem se aposentar, não só por conta da saúde, mas também pra descansar na sua velhice, e eles têm total direito.
Mas é óbvio que alguns começam a ser esquecidos mesmo, como aconteceu com o Bardavid.
"Tá loca, está onde México:
Aqui sim desgosto, oitenta e cinto.
Que dirá.. não... queridá... Chiquititinha.
Lhe sucata onde. E na alergia eu sentei pela loucura, tô com um mico que vai votar."
Del Ocho, Chavo
O Baroli tá atuando só em home. Eu lembro do Glauco Marques dizer que o Baroli só abriu uma exceção pra ele, e foi dublar algo no presencial.
Nelson Machado também faz alguns animes na Dubrasil e vez ou outra aparece em outros estúdios. Mas, dirigir na Centauro o ocupa, certamente.
Já o Baroli como falaram só vem gravando em home-office. Ele aparece em vários estúdios, mas para gravar um filme de cinema são outros quinhentos.
Ainda tem outros como o Flávio Dias, Carlos Seidl e Luiz Nunes. E mesmo fora eles, se tratando de vozes idosas em São Paulo, ainda tem também outros nomes que embora não tenham 40-50 anos em dublagem em si, também são disponíveis no mercado e trabalham bastante, a exemplo: Mauro Gasperini, Chico Garcia, Silvio Toledo, Luiz Amorim e outros mais.
Exato, e eu citei casos de alguns que queriam se manter ativos.
“Mudando” um pouco aqui, o Nelson Machado é um cara faz uma falta tremenda nas dublagens em geral, e ele pode continuar aí atuando por um bom tempo, ele não tem nem 70 anos e dubla desde 68. Ou seja, tem um bom tempo pela frente e tem uma experiência que poucos tem no mercado atual.