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    A presença de estúdios de dublagem multinacionais no mercado brasileiro

    No fim do ano passado, a TV Group oficializou de vez a mudança de nome para Media Access Company, como parte do Non-Stop Group, que comprou de vez o estúdio, ou seja, uma empresa multinacional comprou uma empresa nacional e se fundiu com ela, se tornando numa nova.

    Outros casos de empresas de dublagem multinacionais que compraram estúdios brasileiros e se ou se fundiram com eles, ou criaram filiais a partir disso existem aos montes, de cabeça já consigo lembrar dos seguintes casos:

    - Vox Mundi --> Comprada pela europeia VSI Group --> Talvez até mude de nome para VSI São Paulo futuramente
    - Media Access Company --> Antes TV Group, comprada e fundida com a Non Stop Group
    - The Kitchen Brazil --> Antes Marka, comprada pelo The Kitchen em 2016 e virou filial
    - Woodvideo --> Comprada pela Universal Cinergia, hoje é Universal Cinergia Dubbing São Paulo
    - Rio Art --> Também comprada pela UC, hoje é Universal Cinergia Dubbing Rio de Janeiro
    - Grupo Macias --> Por anos terceirizava para CBS, Lexx e outros estúdios, até em 2015 fundar a IDF
    - Centauro --> Embora meio deslocada da matriz colomobiana em relação a trabalhos, sempre foi uma filial brasileira
    - Marmac Group --> É filial brasileira do estúdio argentino de mesmo nome; antes disso terceirizava para estúdios como a Tempo Filmes
    - Artworks --> Filial brasileira do estúdio e distribuidora mexicanos
    - Keywords Studios --> Comprou a Maximal e a integrou ao seu conglomerado de estúdios, assinando trabalhos já como "Keywords Brazil"

    Olhando para trás, nos anos 2000 mesmo, só tinha a Centauro de multinacional/estrangeira no Brasil, e olhe lá. Hoje a gente já tem muitos mais estúdios de fora aqui. Isso sem contar os que terceirizam diretamente, mas sem ter presença física no país como a Iyuno, Deluxe ou BTI Studios.

    Tem também casos onde estúdios brasileiros foram para fora do país. A própria TV Group antes da fusão com a Non Stop criou uma filial mexicana no ano retrasado, que também se chama Media Access Company agora, e tem também a BKS que se expandiu e criou filiais na Índia e nos EUA (mais especificamente em Miami). Tem também a Atma que embora não atue como produtora, vem produzindo dublagens a nível regional, e tem parceria com um estúdio mexicano, a Haymillian já há alguns anos.

    Não sei o que pensar disso, mas é certo que a presença de estúdios multinacionais de localização só tenda a crescer, mesmo que isso implique em vendas e fusões de estúdios brasileiros para com essas companhias. Já tem muitos anos que essas multinacionais influenciam no nosso mercado, mas sinto que nunca houve uma discussão específica sobre isso, então criei esse tópico.
    Última edição por SuperBomber3000; 03/01/24 às 11:05.

  2. #2
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    Por sinal, a mudança de nome da TV Group Digital para Media Access Company já aparece em menções públicas do CNPJ do estúdio.

    E outra coisa que eu imagino, é como seria se alguns estúdios já fechados ainda existissem ou tivessem tido sobrevida e tivessem que ter concorrido em era de streaming. Digo, como teria sido para uma Álamo ou Herbert Richers da vida conseguir trabalho em tempos de Netflix, Crunchyroll, Amazon e outros streamings, e o relacionamento desses estúdios com essas multinacionais como VSI, SDI, Iyuno, BTI e outras.

  3. #3
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    E outra coisa que eu imagino, é como seria se alguns estúdios já fechados ainda existissem ou tivessem tido sobrevida e tivessem que ter concorrido em era de streaming. Digo, como teria sido para uma Álamo ou Herbert Richers da vida conseguir trabalho em tempos de Netflix, Crunchyroll, Amazon e outros streamings, e o relacionamento desses estúdios com essas multinacionais como VSI, SDI, Iyuno, BTI e outras.
    Eu vi alguns dubladores (como Nizo Neto) dizendo que a Herbert poderia estar atuando até agora, mas tbm vi alguns dizendo que se tivesse Herbert Richers até hoje, ela não aguentaria a pandemia, pelo tamanho da estrutura e tal (Hélio Ribeiro e MJ q falaram). Mas as vezes me pergunto como seria se a Herbert existisse, ou a Álamo, Telecine, VTI, Mastersound, Gota Mágica kkk. Seria bem capaz de alguma ter relação com alguma multinacional mesmo... É um exercício curioso p pensar.

  4. #4
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    Eu vi alguns dubladores (como Nizo Neto) dizendo que a Herbert poderia estar atuando até agora, mas tbm vi alguns dizendo que se tivesse Herbert Richers até hoje, ela não aguentaria a pandemia, pelo tamanho da estrutura e tal (Hélio Ribeiro e MJ q falaram). Mas as vezes me pergunto como seria se a Herbert existisse, ou a Álamo, Telecine, VTI, Mastersound, Gota Mágica kkk. Seria bem capaz de alguma ter relação com alguma multinacional mesmo... É um exercício curioso p pensar.
    O que complica na HR é que não era nem só estúdio, os caras faziam de tudo, foram os percursores do Projac e até produziam filmes nacionais lá pelos anos 70 para trás. Não sei se com muito Home-Studio e trabalhos de legendagem por fora a HR não poderia ter sobrevivido a um baque como o da pandemia, mas certamente afetaria demais a eles.

    Mas, sim, provavelmente teriam ou comprado algum conglomerado estrangeiro, ou sido vendidos a ele e quem sabe até mudado de nome. Isso vale para a HR, para a Álamo e outros estúdios desse período. Não sei como eles teriam se adaptado ao mercado hoje em dia.

  5. #5
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    O que complica na HR é que não era nem só estúdio, os caras faziam de tudo, foram os percursores do Projac e até produziam filmes nacionais lá pelos anos 70 para trás. Não sei se com muito Home-Studio e trabalhos de legendagem por fora a HR não poderia ter sobrevivido a um baque como o da pandemia, mas certamente afetaria demais a eles.

    Mas, sim, provavelmente teriam ou comprado algum conglomerado estrangeiro, ou sido vendidos a ele e quem sabe até mudado de nome. Isso vale para a HR, para a Álamo e outros estúdios desse período. Não sei como eles teriam se adaptado ao mercado hoje em dia.
    Realmente, a Álamo realmente tbm tinha uma estrutura gigantesca. Mas a Herbert era coisa de louco, era realmente uma indústria. Só de olhar aqueles vídeos do Márcio Seixas mostrando lá, ou aqueles vídeos antigos do Da Matta mostrando a empresa ainda em funcionamento, dá pra ver como era realmente uma estrutura muito grande.

    Tem um vídeo parecido que o Silvio Giraldi postou, fazendo uma última visita até a Álamo.

  6. #6
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    Citação Postado originalmente por GabrielSa Ver Post
    Realmente, a Álamo realmente tbm tinha uma estrutura gigantesca. Mas a Herbert era coisa de louco, era realmente uma indústria. Só de olhar aqueles vídeos do Márcio Seixas mostrando lá, ou aqueles vídeos antigos do Da Matta mostrando a empresa ainda em funcionamento, dá pra ver como era realmente uma estrutura muito grande.

    Tem um vídeo parecido que o Silvio Giraldi postou, fazendo uma última visita até a Álamo.
    Sem dúvidas. Acho que eles só teriam conseguido se manter numa pandemia da vida, se viessem a se tornar parte de algum grupo internacional como a TV Group (hoje Media Access) veio a ser mesmo. Vox Mundi mesma também é uma casa bem grande e tem uma estrutura considerável para os dias de hoje, mas não deixa de ser na prática uma filial da VSI no Brasil. E por sinal, foi um grande negócio para a VSI.

  7. #7
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    Sem dúvidas. Acho que eles só teriam conseguido se manter numa pandemia da vida, se viessem a se tornar parte de algum grupo internacional como a TV Group (hoje Media Access) veio a ser mesmo. Vox Mundi mesma também é uma casa bem grande e tem uma estrutura considerável para os dias de hoje, mas não deixa de ser na prática uma filial da VSI no Brasil. E por sinal, foi um grande negócio para a VSI.
    Concordo muito sobre a parte da VSI e Vox Mundi. Numa coisa parecida, apesar dos pesares, é impressionante a BKS ainda estar ativa depois de tanto tempo tbm (e com tantos problemas, diga-se de passagem).

  8. #8
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    Concordo muito sobre a parte da VSI e Vox Mundi. Numa coisa parecida, apesar dos pesares, é impressionante a BKS ainda estar ativa depois de tanto tempo tbm (e com tantos problemas, diga-se de passagem).
    É que a BKS no caso fez o oposto, não foi comprada por uma, mas virou uma multinacional. Hoje em dia eles tem filiais na Índia e em Miami, onde dublam majoritariamente em inglês, já fizeram coisinha ou outra em português mas foi bem pouco. Cotação do dólar também os ajuda, nesse caso rs.



    Talvez fosse um caminho a ser seguido por Álamo, HR e outros estúdios antigos se eles ainda existissem também. E aí tentar concorrer de igual para igual com esses demais conglomerados de localização de conteúdo estrangeiros.

  9. #9
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    É que a BKS no caso fez o oposto, não foi comprada por uma, mas virou uma multinacional. Hoje em dia eles tem filiais na Índia e em Miami, onde dublam majoritariamente em inglês, já fizeram coisinha ou outra em português mas foi bem pouco. Cotação do dólar também os ajuda, nesse caso rs.



    Talvez fosse um caminho a ser seguido por Álamo, HR e outros estúdios antigos se eles ainda existissem também.
    Então kkk

    Pode até parecer uma opinião um tanto impopular, mas eu não consigo não dividir a BKS como se fossem duas empresas: uma de 1976 até 1996 (por aí) e a outra que está até hoje.

    Sei lá, mas pra mim é como se a BKS tivesse fechado (assim como a própria AIC) e outra empresa tivesse sido criada com o mesmo nome (e o pior é que se vc pensar bem, de certo modo foi isso mesmo).

  10. #10
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    Então kkk

    Pode até parecer uma opinião um tanto impopular, mas eu não consigo não dividir a BKS como se fossem duas empresas: uma de 1976 até 1996 (por aí) e a outra que está até hoje.

    Sei lá, mas pra mim é como se a BKS tivesse fechado (assim como a própria AIC) e outra empresa tivesse sido criada com o mesmo nome (e o pior é que se vc pensar bem, de certo modo foi isso mesmo).
    Parando para pensar até na qualidade e elenco das produções, não discordo.

    Outro sintoma disso que estamos comentando, é o fim das locuções faladas. A TV Group mesma nunca teve locuções que eu lembre, e agora sendo Media Access Company, certamente não terá. Os tempos de "Versão Brasileira: (Insira aqui algum estúdio)" definitivamente estão acabando, ou se é que já não acabaram mesmo.

    E nem só a Media Access, só ver as dublagens para streaming em geral mesmo de estúdios que ainda fazem uso de locução de vez em quando: quando é para streaming ou encomendada direto pelos streamings (Amazon, Netflix, Crunchyroll, etc), não tem. De estúdios como a Unidub, Som de Vera Cruz, Wan Marc, Delart, Dubrasil, a Vox mesmo e tantos outros.

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