Eu não acho que os diretores devem perder totalmente a autonomia. Porém, se sou eu que estou pagando pela encomenda de um bolo, por mais que eu vá revendê-lo a outras pessoas, eu tenho o total direito de dizer como eu gosto dele. Se eu não tenho fé em como o bolo vai ser, não tenho porque gastar dinheiro nele.
O mesmo vale pra um filme cuja versão eu estou pagando. Tenho o direito de escolher as vozes.
O estúdio de dublagem faz uma prestação de serviço pra distribuidora/cliente. Ele não é 'dono da dublagem'. Por isso que o poder de decisão é limitado dentro dos estúdios. O distribuidor paga, ele realmente precisa opinar sobre o produto que tá entregando. Só que nem sempre as coisas são num modelo ideal, as coisas são como são, e não como 'deveriam' ou 'poderiam' ser. Ou até como gostaríamos que fosse. É claro que é importante a participação do diretor em relação a coisas decisivas na dublagem, mas o cliente, tem o direito e deve opinar na dublagem que ele tá encomendando.
Paulo Autran dizia uma coisa interessante, mais ou menos isso, 'o teatro é a arte do ator, no cinema é o diretor, e na novela o patrocinador'. Estendendo um pouco o raciocínio, e pegando emprestada a lógica do Paulo Autran, diria que a 'dublagem é do distribuidor' (pra rimar), ou seja do cliente.
Quem Faz a Voz do Pica Pau no Trailer?, Não Parece Ser a Voz do Marco Antônio Costa.
Torço para que Seja Só no Trailer