Por acaso você é uma dessas pessoas que acha que deficiente visual é só ceguinho óculos preto estilo Stevie Wonder? Aliás, nem o Stevie Wonder é completamente cego, ele é legalmente cego, mas ele consegue detectar movimento e objetos grandes, por exemplo.
Um exemplo no outro lado do espectro: tenho miopia moderada (grau 5). Se eu estiver vendo um filme na TV, posso ver os atores se movendo perfeitamente, objetos, mas não me peça pra ler qualquer coisa na tela. Eu não vou querer uma áudio-descrição me explicando que fulano entrou na porta e sei lá o quê, eu não preciso disso, eu só preciso que o locutor me diga o que tá escrito na tela.
Dublagem sempre foi uma ferramenta de acessibilidade, e o que você está "batalhando" aqui é para que basicamente dublagem fique MENOS acessível e que qualquer pessoa que precise dessa acessibilidade que a dublagem dá, seja basicamente forçada a ir atrás de audio-descrição que, me perdoe, é um negócio que compromete a qualidade da obra que você está assistindo; infelizmente, filmes de modo geral não são feitos com gente cega em mente, se você depender de um cara te dizendo o que tá acontecendo na tela você vai perder.
E enfim, sobre as obras brasileiras: talvez elas devessem ter leitura de letreiros e placas, por que não? Enlatados sempre tiveram um espaço importantíssimo na programação aberta, talvez esse seja um dos motivos.