Postado originalmente por
chrisliter1
Também não pretendo montar uma lista, já que, se o fizesse, provavelmente ficaria tão grande quanto a do Daniel (que já possui muitos dos meus favoritos), rs. Portanto, seguirei o exemplo do Taz e escolherei aquele que fez com eu me interessasse fortemente pela dublagem, a ponto de passar a pesquisar e me apaixonar pelo assunto: André Filho. Eu era fascinado pela habilidade dele de compreender e entrar no personagem em níveis mais profundos, pela maneira como ele, com precisão cirúrgica, captava e transpunha para nosso idioma não só todas as minúcias da interpretação original, como também as peculiaridades vocais dos atores que dublava, do timbre aos fonemas, trabalhando e modulando a voz até que ficasse o mais próxima possível da original, sempre entregando resultados fidelíssimos (talvez esse dia ainda chegue, mas até hoje, ainda não vi um trabalho mal feito do André, nem ator/personagem em que ele tenha ficado deslocado)... não bastasse isso, ele ainda conseguia acrescentar uma brasilidade e senso de humor que sempre soavam bastante naturais, mesmo em personagens mais sérios, um artifício que, em mãos menos hábeis, poderia botar tudo a perder. Acho que é seguro dizer que ele está entre os atores que mais influenciaram o modo de se fazer dublagem no Brasil (principalmente no Rio), uma verdadeira lástima ter partido tão cedo.