O Ettore Zuim postou isso no Instagram dele :/20231227_161448.jpg
Sim, ela ficou queimada mesmo, até porque a dublagem de Flash que passou na mão dela ficou bem capenguinha e ela nitidamente não tinha controle sobre o que entregava. Agora, se as pessoas se lembrassem, por exemplo, que o Wellington Lima começou a dublar ali no meio dos anos 90 (95 ou 96) e começou a dirigir Dragon Ball Z por exemplo ali em 99 para 2000, que foi na Saga do Cell na Álamo, qual seria a reação delas? Assim, casos de dublador começar a dirigir com relativamente pouco tempo de carreira (e pouco tempo mesmo, neste caso) também já aconteceram no passado. Os exemplos citados no comentário anterior valem aqui também.
Nesse ponto, ele já chegou a criticar até Avatar, que sejamos justos, de todas essas dublagens de blockbusters da Disney, foi uma que recebeu um elenco normal, só porque ele não conhecia algumas das vozes e não queria que fossem paulistas.
Sim, e aí no fim ficam duas entidades batendo cabeça (em SP são o SATED e o Sindcine), o que é uma pena.
No caso do exercício da dublagem em si isso é bem estabelecido até por lei, há o DRT e seja no eixo RJ-SP ou no nordeste, para ser dublador, o cara tem que ter DRT de ator antes. Mas direção é outro ofício, apesar de tudo, mesmo no teatro e na televisão/cinema também, por exemplo.
Última edição por DavidDenis; 28/12/23 às 04:12.
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Coordenador geral das edições 2, 3, 4, 5, 6 e 7 do Oscar da Dublagem - Prêmio Yamato, do Anime Friends.
Colaborador das edições 1 e 8.
A questão é que a dinâmica mudou, tem muito diretor que fala que no passado era até mais "ok" uma pessoa com poucos anos se desenvolver mais rápido e pegar trabalhos maiores em menos anos, visto que existia uma bagagem de teatro maior, os dubladores trabalhavam juntos na bancada e, principalmente: tinha uma quantidade menor de pessoas. O surgimento de pessoas naquele ramo propiciava um melhor "cuidado" por parte de quem já estava trabalhando antes para lapidar o talento de outros tantos como vocês citaram, tal qual o Briggs, Duda Espinoza, Carlos Silveira...
Hoje é muita gente entrando, mas o difícil é ver pessoal com paciência, ética, respeito a quem veio antes, ao mercado, aos acordos e outros tantos que fazem bons profissionais. Atualmente acho o de São Paulo mais fechado, é muito mais fácil que alguns dubladores novatos caiam para trabalhar com profissionais antiéticos, mas, a médio e longo prazo, vejo que alguns acabam sendo "salvos" e trabalham com mais pessoas de confiança. O que ocorre hoje é algo que eu considero necessário não só para a dublagem, mas para trabalhos e prestação de serviço: filtro. Tem que filtrar as pessoas que artisticamente são boas, profissionais que entregam bons trabalhos e que não fazem o diretor gastar horas e horas para acertar uma fala (tem obras que precisam ser entregues em prazos curtos, ficar forçando gente inexperiente só atrapalha a logística do estúdio). Das pessoas que nos últimos anos se firmaram, cito o Vini Estefanuto, Thay Marciano, Caio Freire, Raíssa Bueno e Amanda Tavares. Espero que o Victor Carneiro e a Marcella Almeida também ganhem mais espaços em mais casas e com diretores mais gabaritados, acho o trabalhos deles bons. Confiança não cai da noite pro dia, tem que conquistar o mercado.