Parasita Já Tem nos Tópicos Filmes Premiados e Lista de Filmes de Vários Países do Mundo Dublados
O que eu reparei é que na versão mineira alguns dubladores tentaram se guiar demais pela sonoridade da língua coreana. O Freddy Mozart, que faz o Sr. Kim na dublagem da Scriptus é o maior exemplo disso, e acabou que não ficou nenhum pouco natural.
Os dubladores cariocas também tentaram se guiar um pouquinho, mas obviamente bem menos, e o resultado acabou sendo melhor como um todo. Fora outros fatores, mas queria destacar esse da sonoridade idiomática.
Fora que a adaptação dos scripts na dublagem carioca é bem melhor, mais coloquial e natural. Os textos da dublagem mineira são muito rebuscados e travados, o que é ruim considerando o contexto do filme.
Quanto menos a pessoa sabe dublar, mais ela "canta" (segue sonoridade do idioma original). Isso é fato.
E até dubladores cascudos acabam fazendo isso quando se deparam com um idioma que não costumam dublar, mas bem menos, como você mesmo disse.
Enfim, não tinha filme pior pra mandar pra fora do eixo de dublagem do que esse.
Eu não vou discordar disso considerando que Minas, apesar de ser um polo com 15 anos de existência, também é um polo que pega pouquíssimos trabalhos.
Na dublagem mineira, o dublador que menos canta conforme o coreano é o do pai rico, o Luciano Vivacqua. Isso a julgar por esses trechos. Ainda não vi o filme dublado completo nem em uma dublagem e nem em outra.
Mas, como eu já havia falado também, por esses trechos, os textos da dublagem carioca são muito melhores, menos rebuscados e mais coloquiais. A adaptação do texto também é fundamental, e a dublagem mineira parece ter sido uma tradução feita às pressas, com um português muito travado, e jogada direto no estúdio pros dubladores se virarem. A cena da chuva é o exemplo mais claro disso. o Sr. Kim na versão mineira ficou parecendo um robô falando.
Tira a cera do ouvido que vc vai ouvir as diferenças gritantes. Só por essa comparação percebemos um texto melhor, interpretação infimamente superior, sincronização igualmente superior e não temos um dublador fazendo um sotaque completamente sem sentido.
Agora sim o ganhador do Oscar tem uma dublagem digna de sua grandeza.
Pra refletir:
Qual pesa mais?
Uma dublagem profissional feita por pessoas experientes no teatro, mas com pouca bagagem na dublagem?
Ou uma dublagem profissional feita por pessoas com experiência no teatro, mas com uma bagagem enorme na carreira de dublador, sendo que Lauro Fabiano (o diretor) tem quase 60 anos de carreira só de direção de dublagem?
"Tá loca, está onde México:
Aqui sim desgosto, oitenta e cinto.
Que dirá.. não... queridá... Chiquititinha.
Lhe sucata onde. E na alergia eu sentei pela loucura, tô com um mico que vai votar."
Del Ocho, Chavo