Criei esse tópico para comentarmos sobre os melhores dubladores e melhores performances nas piores produções, estúdios e polos.
Exemplo:
•Raíssa Bueno em Campinas;
•Alex Minei em Tokyo Ghoul;
Criei esse tópico para comentarmos sobre os melhores dubladores e melhores performances nas piores produções, estúdios e polos.
Exemplo:
•Raíssa Bueno em Campinas;
•Alex Minei em Tokyo Ghoul;
No filme espanhol "Um Contratempo" (Contratiempo), em meio a um elenco completamente esquecível, a Cecília Lemes é a única a dublar bem, o que chega até a ficar destoante, tornando-se um imenso spoiler para quem entende o mínimo de dublagem.
Tokyo Ghoul tem mais performances boas além do Minei, como o Caio César, Arthur Machado, Glaucia Franchi, o Felipe Grinnan, Marco Faustino, César Tunas e outros mais. O problema é que o que ficou ruim naquela dublagem realmente ficou bem ruim. A Tuty Nonato na Touka contracenando com o Minei criou uma situação que mata qualquer imersão, ela não tinha know-how de pegar uma personagem daquela, e a culpa nem é dela, mas de quem escalou.
Aparentemente foi a primeira direção de dublagem da Andressa Bodê, ela não tinha experiência como cargo e foi um fato relevante pra dublagem ter ficado daquele jeito, ela cometeu seus erros. Não é a pior dublagem da face da Terra, mas é uma dublagem que deixa a desejar pro padrão RJ/SP. Me lembra com as devidas proporções, as dublagens da finada Uniarthe.
Já em relação a Raíssa Bueno, hoje ela parece trabalhar mais em São Paulo capital do que em Campinas. De todo modo, o trânsito de dubladores entre as duas cidades aumentou absurdamente nos últimos anos, e o problema em Campinas nunca foi necessariamente uma questão de má capacidade de elenco, todo mundo ali é ator e tem DRT. Problema era direção inexperiente e as distribuidoras se aproveitando dos baixos preços pra enfiar trabalho lá fazendo pelo mais barato. Mas desde que a Dubbing Company assinou o acordo sindical as coisas ficaram muito mais equilibradas.
Agora, dando algumas contribuições ao tema do tópico:
* Na dublagem curitibana do anime Sirius the Jeager, o Emanuel Pilati, dublador mirim que dubla a versão infantil do protagonista tem bastante talento.
O garoto é bom e melhor que a maioria do resto do elenco do anime. No RJ ou em SP, ele faria estrago e paparia muitos trabalhos, não tenho dúvida.
* Na dublagem dos filmes de Street Fighter Alpha feita em Los Angeles, pessoalmente eu gosto da voz infantil que a Amanda Peter faz pro personagem Shun.
A dublagem como um todo é fraquíssima, terrível. Mas considero o trabalho da Amanda um ponto um pouquinho fora da curva dentro desse trabalho.
* O Adriano Siri (Yuri) no anime Megalobox, dublado em Brasília. De todo mundo ali do elenco, creio que ele tenha se esforçado mais que o resto.
O Adriano é membro do Melhores do Mundo, pra quem não sabe.
* Marcelo do Vale como Kouji Kabuto em Shin Mazinger Z (Mazinger Z: Edição Impacto).
A dublagem foi feita em BH, e é muito fraca no geral, mas a atuação do Marcelo na hora de gritar é fabulosa. Ele se esforçou ao máximo na hora de gritar.
* Renato Hermeto dublando o personagem Souhei Fuji no longa Crianças Lobo, dublado também em Belo Horizonte.
Que eu saiba, o Renato gravou esse filme antes de se mudar pra SP, onde ele dubla e dirige hoje.
Quem Ficou Pior Foi o Orlando Prado Dublando o Salsicha nos Anos 80, Ficou a Treva.
Na "Liga da Justiça Sombria: Guerra de Apokolips" (versão de Miami), o Maycow Morais no Constantine não ficou ruim.
Irmãs Saddy, Shallana Costa, Gláucia Franchi e no máximo umas outras 6 vozes em Azur Lane.
Gabriela Pellegrino, Raíssa Bueno, Bernardo Berro, e com algum relevo, o Rogério Ferreira em Fate/Extra: Last Encore. O resto do elenco ou foi muito mal escolhido, ou foi mal dirigido/atuou mal. O Pierre Bittencourt fez o protagonista, mas a voz dele em um rapaz de 17 anos é uma coisa completamente incompatível.
O elenco fixo em geral, com exceção da Larissa Ferrara na Prinz Eugene (que foi o equivalente à Tuty Nonato em Tokyo Ghoul, só que em Azur Lane) até que ficou decente. O problema foram as pontas e os coadjuvantes na medida que foram aparecendo. Uniarthe 2.0.
Falando em Uniarthe, dá pra citar características de algumas dublagens feitas pelo estúdio. Wolverine e os X-Men tinha uma dublagem bem ruinzinha por exemplo, mas o Raul Schlosser e a Rita Almeida no Wolverine e na Jean Grey eram excelentes. Haviam mais escalas boas, como o Alex Wendel e o Jonas Mello, só que infelizmente foi um trabalho malfeito no fim das contas.
O Maycow é competente. Ele e o Sean Andrew Stanley devem ser os melhores dubladores em Miami, considerando aqueles que são especificamente oriundos de Miami em dublagem na atualidade. Não estou considerando por exemplo os dubladores que se mudaram daqui para lá.
No caso do Apokolips, eu confesso que gostei também do Alex Teixeira no Batman. O Alex e o Maycow eu penso que tenham sido os pontos positivos daquele trabalho.
Consideraria também a Carla Cardoso na Lois Lane e a Danielle Merseguel na Arlequina, mas a aparição delas é curtíssima e nem vale mencionar. Que bom que redublaram.
Carla Cardoso aliás, que dublou a Zola em Blue Dragon, e foi a única ou uma das únicas vozes naquela abominação que fizeram o trabalho direito.
A dublagem da 2ª temporada de Nanatsu no Taizai cometeu muitos erros e sem dúvida é uma mancha muito negativa na dublagem do anime, foram cometidos erros completamente amadores ali. Mas ela também teve seus acertos, como o Francisco Júnior no Escanor, o Zé Leonardo no Zeldris e o Duda Espinoza no Estarossa. Acertos estes que foram preservados felizmente, quando a Som de Vera Cruz assumiu a dublagem da franquia e consertou os erros na medida do era possível.
A Karen Giraldi em Nightflyers, série que foi dublada em Curitiba. Aliás, a Karen é ex-aluna do Guilherme Lopes, e é uma dubladora bem acima da média curitibana. Ela e o Emanuel Pilati se fossem pro eixo RJ-SP dublar conseguiriam se firmar facilmente, porque eles são bons.
Em Fate/Apocrypha, que foi dublado em Campinas e na época que a Dubbing Company tava trabalhando loucamente em linha de produção industrial, tem em torno de uns 7 nomes ali que conseguem soar naturais e bem atuados, entre eles o Ênio Vivona, a Raíssa Bueno e o Fernando Ferraz.
Pra ser justo a dublagem melhorou muito da segunda metade pra frente, mas a impressão negativa que os episódios iniciais deixaram acabou com a reputação do trabalho, e não era pra menos, de fato os primeiros episódios estavam bem ruins.
Falando em Fate, falando agora do Fate/Stay Night de 2006, dublado na Álamo, dá pra dizer que as escalas em geral (com uma exceção ou outra) são o melhor que aquela dublagem tem, pois a tradução é uma porcaria, a mixagem idem (tem reação sem dublagem aos montes, e até golpes inteiros que não foram dublados). É inacreditável que o Marcelo Campos, sendo o dublador de excelência que é e tendo a ótima reputação profissional que tem, tenha dirigido aquilo, e que tenha saído do jeito que saiu.
A dublagem do filme em si nem achei tão ruim. Claro, deixa muuuuito a desejar em comparação com dublagens do eixo RJ-SP, mas fora algumas escalas ruins (as dos personagens Yuki e Ame, completamente destonteantes de ouvir em duas crianças), foi algo ok, pros padrões do polo em que foi dublado.