Cara, sinceramente, acho que essa opinião não é impopular, mesmo. Principalmente hoje em dia.
Olhar a dublagem na América Latina com N países e regiões fazendo (uns melhores, outros nem tanto, mas ainda assim), com os EUA tendo uns 6, 7 polos, o Canadá com uns 2, 3, a Espanha com umas 5 ou 6 cidades onde se faz dublagem, Alemanha idem, França e Bélgica idem; e o Brasil apenas com Rio e São Paulo durante muitos anos e sendo um país continental, sempre foi uma amostra de que algo não ia bem.
Talvez o desenvolvimento de vários desses polos especialmente em seus começos tenha sido um problema, e isso ninguém discorda. Era para a dublagem em BH, Campinas, POA e etc ter surgido quem sabe nos anos 80 ou 90 com trabalhos muito menores, e aí quem sabe eles não tivessem se desenvolvido melhor de forma a gerar menos estranheza em parte do público logo na década de 2000.
Quer dizer, alguns desses polos até tem mais tempo de existência, Piracicaba tinha estúdios de dublagem desde a década de 2000, Campinas surgiu também bem de fininho nessa época, POA e BH idem, mas - curiosamente - seus trabalhos eram todos majoritariamente confundidos com "dublagem de Miami".
Mas, quanto a Campinas, só fechando o raciocínio, o que diferencia lá de outros polos, é a proximidade com São Paulo. Muitos dubladores de lá mesmo fizeram cursos com dubladores de São Paulo ou até em SP mesmo (como a Unidub antiga, ou a Dubrasil). Além de diversos dubladores de SP capital que não tinham recebido tanto destaque ainda, mas que lá conseguiram (alguns não do jeito mais pacífico, infelizmente, como sabemos...). É algo que Curitiba, por exemplo, não tem.
Também não acho que essa opinião seja impopular também não.