Postado originalmente por
SuperBomber3000
A dublagem de Beyblade em Campinas não é de todo ruim ou pelo menos não é tão ruim quanto o pessoal muitas vezes mentaliza.
Claro, não nego que alguns problemas existam, principalmente no
Burst original e ainda um pouco em
Evolution e
Turbo. Mas penso que, pelo menos, a partir da série
Surge até
Quadstrike, quando o Cadu Ramos e o João Vieira assumiram a direção no lugar do Renan Alonso, penso que as coisas tenham se ajeitado bem mais do que nas 4 séries anteriores. Um sinal claro que foi consequência de mudança da direção foi passarem a dar preferência para mulheres e para homens mais jovens para dublarem os personagens principais. Enquanto o Renan Alonso geralmente preferiria escalar homens adultos forçando um agudo infantil, o Cadu e o João escalaram em papeis principais, por exemplo, a Beta Cinalli, a Bruna Munhoz, e o João Vitor Mafra, que OK que já era adulto quando dublou, OK, mas a voz aguda dele é conservada o suficiente para ainda enganar dublando crianças.
Isso me faz pensar o quanto algumas mulheres que trabalham na Dubbing Company foram mal aproveitadas ao longo dessa série. Teria sido melhor que um personagem como o Dante Koryu, de
Beyblade Burst Rise por exemplo, tivesse sido dublado por alguém tipo a Gabriela Pellegrino, Tamara Fraislebem, Ravit Dorf, Fernanda Jannuzelli ou a Bruna Nogueira, ao invés de ser dublado por um homem adulto como o Marcos Becker, que até não fez um trabalho isoladamente ruim mas já tinha outro personagem na franquia (o Wakiya Murasaki), e de quebra ainda gerou uma dobra pois os dois (Wakiya e Dante) ainda aparecem juntos depois e contracenam em Beyblade Burst Surge. O que também leva a uma outra opinião que pode ser impopular, mas que ao meu ver é importante discutir, que é a necessidade de se ter mulheres que saibam dublar crianças e principalmente meninos em animações, justamente para evitar trocas e também para interpretar personagens complexos que, por vezes, um dublador mirim não conseguiria.
E, embora eu concorde que a dublagem carioca em Beyblade seja melhor que a campineira, ela também não era isenta de problemas, e aí nem acho que seja uma opinião tão impopular assim. Basta lembrar das atuações fantásticas do João Cappelli e do Bernardo Coutinho, ou então, do monólogo super bem feito e gramaticalmente correto do Sérgio Fortuna sobre beyblades no tempo de Moises em Metal Fusion.