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  1. #111
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    Citação Postado originalmente por DavidDenis Ver Post
    A Dublagem pode vir pro Brasil, só não deveriam se apegar ao cast do filme, poderia ter recast com vozes caricatas de adultos. Usar mulheres nos meninos, como uma Rosana Beltrame no Cartman, ou um Chiquinho e Falat no Stan e Kyle.

    Se bem que a Marta dublaria para um estúdio do Brasil pelo home dela, seria outra opção.

    Creio que o problema de um Estúdio Brasileiro pegar um desenho destes é criar um padrão que não combina, como um dublador para cada personagem. Não é esta a proposta. Nem tudo precisa seguir o padrão que se criou nas casas brasileiras.
    Eu não me ateria nem à questão do padrão "1 voz por personagem", até porque nem esse game teve isso. Roberto Garcia fez 2 personagens, Ricardo Fábio fez 2 personagens, o Glauco Marques fez 2 personagens, Matheus Ferreira fez 2 personagens, a Lívia Simardi fez 2 personagens, e assim em diante. Mas a questão de saber criar vozes, especialmente caricatas.

    Diferentemente da atuação de voz nos EUA, que é historicamente mais voltada para animações e games, no Brasil o foco maior sempre foi em live-action, onde o "criar vozes" não é um hábito nem uma necessidade. Então, por mais que a dublagem brasileira seja lar de muitos excelentes atores, estes mesmos atores, ou pelo menos uns 80% deles, simplesmente não sabem dublar de forma caricata, ou ao menos criar timbres e tons diferentes, e essa habilidade sempre me pareceu algo um tanto menosprezado dentro da dublagem nacional.

    Por exemplo, se você pegar uma dubladora qualquer dos EUA, que, sei lá, tenha a idade da Flávia Saddy, da Tati Keplmair ou da Fernanda Bullara, tipo a Luci Christian, Colleen Villard ou a Colleen Clinkenbeard, são profissionais que sabem, por exemplo, fazer voz de senhorinha idosa, e que já tankaram e tankam até hoje se aparecer uma velhinha para elas dublarem; mas, se pegar alguma das três brasileiras citadas (ou alguma outra nessa faixa etária que possam se lembrar), elas simplesmente não conseguiriam dublar uma senhora idosa, ou pelo menos é muito difícil imaginar isso na prática.

    Claro, temos atrizes idosas que suprem essa demanda em diversos trabalhos, mas aí quando chega uma produção onde se exige o caricato, ou pelo menos a habilidade de criar vozes por si só, muitas vezes fica difícil encontrar no mercado de dublagem nacional, porque é todo mundo muito acostumado a dublar live-action (seja filme, série, novela, reality show ou documentário) com o mesmo timbre de sempre. E aí nesse caso, eu até prefiro que escalem vozes diferentes, porque proporcionalmente, são muito poucos os dubladores no Brasil que sabem de fato criar vozes, ao ponto de poderem contracenar consigo mesmos em 2 papeis sem gerar estranheza ao público. Aí é melhor mesmo botar 1 voz por personagem. Para cada Cassius Romero, Yuri Chesman, ou Adriana Pissardini da vida (nomes que sabem criar vozes, criar diferentes timbres e tons), tem 60, 70 dubladores que, apesar de excelentes atores, possuem praticamente um único tom e raramente saem dele. E isso não é uma crítica a ninguém, até porque num mercado onde o grosso dos trabalhos é live-action, realmente isso acaba não sendo uma necessidade, é apenas uma constatação.

    Não é atoa que mesmo as dobras que aconteceram nesse jogo, ficaram virtualmente iguais ou facilmente perceptíveis - o próprio Ricardo Fábio dublou Butters e Jimmy de um jeito muito mais similar entre eles do que quando ele dublou os dois em Miami, o Butters até ainda ficou próximo ao que ele fazia, mas o Jimmy perdeu o gaguejado; ao meu ver era para ter mantido ele no Butters, mas escalado outro nome no Jimmy.

    Quanto a ideia de recast, eu gostei dos nomes que você propôs, mas só um efeito de highpitch no Torreão e no Ettore - principalmente no Torreão - melhoraria o trabalho deles bastante, mas já havia dito isso antes.

  2. #112
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    Citação Postado originalmente por SuperBomber3000 Ver Post
    Quanto a ideia de recast, eu gostei dos nomes que você propôs, mas só um efeito de highpitch no Torreão e no Ettore - principalmente no Torreão - melhoraria o trabalho deles bastante, mas já havia dito isso antes.
    Eu tenho um medo de efeitos e filtros em dublagem, ainda tenho trauma do que tentaram fazer com Chaves e Chapolin no Multishow.

    Mas eu sinceramente creio que recast é o melhor neste caso, achar realmente vozes caricatas, parece que a dublagem brasileira tem medo do caricato. E eu realmente entendo, até pra mim, como fã, fica estranho certas vozes mais caricatas, por melhor que seja a interpretação, como no caso do Bruno Dias em Loki.

    Mas este desenho/game em especifico pede isso. E em outras produções também, só ver como o elenco de Curitiba foi aceito em Paradise Police (Paradise PD).
    ----------
    Coordenador geral das edições 2, 3, 4, 5, 6 e 7 do Oscar da Dublagem - Prêmio Yamato, do Anime Friends.
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  3. #113
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    Caraca, nem sabia disso. Sensacional o Torreão no Cartman.

  4. #114
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    Citação Postado originalmente por Fábio Ver Post
    Caraca, nem sabia disso. Sensacional o Torreão no Cartman.
    Mas você gostou dele no filme, ou neste game? Porque, há uma diferença entre as performances, também é compreensível ao considerar mais de 20 anos de diferença entre os trabalhos, mas é só uma constatação.

  5. #115
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    Citação Postado originalmente por SuperBomber3000 Ver Post
    Mas você gostou dele no filme, ou neste game? Porque, há uma diferença entre as performances, também é compreensível ao considerar mais de 20 anos de diferença entre os trabalhos, mas é só uma constatação.
    Sim, tem uma diferença, e bem clara. Ele mandou muito bem no filme, mss não sei se foi porque ele não conseguiu alcançar a voz agora, não sei se foi por uma questão vocal, ou se foi o feeling dele que resultou nessa voz… Ou até um pedido da direção, sla…

  6. #116
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    Citação Postado originalmente por GabrielSa Ver Post
    Sim, tem uma diferença, e bem clara. Ele mandou muito bem no filme, mss não sei se foi porque ele não conseguiu alcançar a voz agora, não sei se foi por uma questão vocal, ou se foi o feeling dele que resultou nessa voz… Ou até um pedido da direção, sla…
    Eu achei que foi um misto de tudo isso. E citando novamente aquele lance do highpitch, escutar o Torreão ao longo do gameplay me fez sentir como se eu estivesse escutando uma gravação crua do Trey Parker no original, sem o highpitch por cima, como se o original soasse mais ou menos assim. A diferença é que o trabalho do Christiano foi para o produto final desse jeito.

  7. #117
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    Citação Postado originalmente por Fábio Ver Post
    Caraca, nem sabia disso. Sensacional o Torreão no Cartman.
    Ou você simplesmente viu só 2 segundos de trecho do game dublado ou seu ouvido tá bem entupido rs Um dos pontos principais da crítica dessa dublagem nesse tópico está sendo justamente a escolha do Torreão no personagem e o cara vai e larga uma dessa.

    Citação Postado originalmente por SuperBomber3000 Ver Post
    Claro, temos atrizes idosas que suprem essa demanda em diversos trabalhos, mas aí quando chega uma produção onde se exige o caricato, ou pelo menos a habilidade de criar vozes por si só, muitas vezes fica difícil encontrar no mercado de dublagem nacional, porque é todo mundo muito acostumado a dublar live-action (seja filme, série, novela, reality show ou documentário) com o mesmo timbre de sempre. E aí nesse caso, eu até prefiro que escalem vozes diferentes, porque proporcionalmente, são muito poucos os dubladores no Brasil que sabem de fato criar vozes, ao ponto de poderem contracenar consigo mesmos em 2 papeis sem gerar estranheza ao público. Aí é melhor mesmo botar 1 voz por personagem. Para cada Cassius Romero, Yuri Chesman, ou Adriana Pissardini da vida (nomes que sabem criar vozes, criar diferentes timbres e tons), tem 60, 70 dubladores que, apesar de excelentes atores, possuem praticamente um único tom e raramente saem dele. E isso não é uma crítica a ninguém, até porque num mercado onde o grosso dos trabalhos é live-action, realmente isso acaba não sendo uma necessidade, é apenas uma constatação
    É uma situação complexa, porém concordo 100%. Existe uma certa falta de dubladores que não conseguem fazer vozes caricatas com uma maior elasticidade na dublagem brasileira.

  8. #118
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    Citação Postado originalmente por H4RRY Ver Post
    É uma situação complexa, porém concordo 100%. Existe uma certa falta de dubladores que não conseguem fazer vozes caricatas com uma maior elasticidade na dublagem brasileira.
    Eu diria que isso talvez tenha sido uma das causas pelas quais tantas dublagens de animação adulta de comédia foram tão capengadas durante tanto tempo no Brasil, especialmente lá pelos anos 2000. Aquele horror que foi Family Guy nos 2 anos finais da Marshmallow e durante toda a estadia na Dublavídeo é um exemplo claro disso. Dublavídeo em especial tratava o desenho igual a uma sitcom live-action, quando era óbvio que a proposta era outra, e a gente já sabe o quão ruim foi a dublagem do desenho nos anos em que ela esteve no estúdio (para não citar a horrenda (falta de) adaptação de texto). O Simpsons durante os anos 2000 também teve um período bem sofrível na dublagem. Isso só começou a mudar mais na década passada, mas mais por uma questão de visão de artística dos diretores, e também feedback de fãs e os próprios clientes em cima.

    Rick & Morty por sua vez, embora abissalmente superior a nível técnico e artístico quando comparada à de South Park, é uma produção que já pegou essa veia caricata muito melhor. Se o desenho tivesse sido dublado no RJ ou em SP mesmo, era bem provável, por exemplo, que tivessem botado um dublador idoso de fato no Rick, o que a depender de outros fatores, tiraria muito da graça do personagem.

    Já uma exceção dentro do gênero nos anos 2000 foi o filme do Queer Duck, dublado na Álamo e que foi uma dublagem caricata de cabo à rabo, como o desenho pedia, com direito ao Wendel Bezerra fazendo a voz do Steve Smith no protagonista. Mas, é um exemplo contra dez. E aí nesse meio, South Park, pior que a dublagem fosse a nível técnico e artístico, sempre se sobressaiu frente ao público normal brasileiro, que sempre achou a dublagem de coisas como Family Guy muito ruim (só ver a histeria na internet, que foi quando Fox e FX começaram a focar em programação dublada), mas adorava ver South Park dublado na época em que passava no VH1. E aliás, é uma realidade que o Fórum aqui (e as bolhas de fãs de dublagem) por anos, negou.

  9. #119
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    Agora, outra coisa também: como o game em si (independentemente da dublagem) foi mal avaliado pela crítica como um todo, eu não consigo imaginar ele tendo novas DLC's. É uma pena, pois seria interessante escutar Sr. Garrison, os demais pais das crianças, também outras crianças como a Wendy, e diversos outros personagens que ficaram de fora.

  10. #120
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    Citação Postado originalmente por SuperBomber3000 Ver Post
    Eu diria que isso talvez tenha sido uma das causas pelas quais tantas dublagens de animação adulta de comédia foram tão capengadas durante tanto tempo no Brasil, especialmente lá pelos anos 2000. Aquele horror que foi Family Guy nos 2 anos finais da Marshmallow e durante toda a estadia na Dublavídeo é um exemplo claro disso. Dublavídeo em especial tratava o desenho igual a uma sitcom live-action, quando era óbvio que a proposta era outra, e a gente já sabe o quão ruim foi a dublagem do desenho nos anos em que ela esteve no estúdio (para não citar a horrenda (falta de) adaptação de texto). O Simpsons durante os anos 2000 também teve um período bem sofrível na dublagem. Isso só começou a mudar mais na década passada, mas mais por uma questão de visão de artística dos diretores, e também feedback de fãs e os próprios clientes em cima.

    Rick & Morty por sua vez, embora abissalmente superior a nível técnico e artístico quando comparada à de South Park, é uma produção que já pegou essa veia caricata muito melhor. Se o desenho tivesse sido dublado no RJ ou em SP mesmo, era bem provável, por exemplo, que tivessem botado um dublador idoso de fato no Rick, o que a depender de outros fatores, tiraria muito da graça do personagem.

    Já uma exceção dentro do gênero nos anos 2000 foi o filme do Queer Duck, dublado na Álamo e que foi uma dublagem caricata de cabo à rabo, como o desenho pedia, com direito ao Wendel Bezerra fazendo a voz do Steve Smith no protagonista. Mas, é um exemplo contra dez. E aí nesse meio, South Park, pior que a dublagem fosse a nível técnico e artístico, sempre se sobressaiu frente ao público normal brasileiro, que sempre achou a dublagem de coisas como Family Guy muito ruim (só ver a histeria na internet, que foi quando Fox e FX começaram a focar em programação dublada), mas adorava ver South Park dublado na época em que passava no VH1. E aliás, é uma realidade que o Fórum aqui (e as bolhas de fãs de dublagem) por anos, negou.
    Dublavídeo errou com Family Guy, Futurama, American Dad e Bob's Burguers, eles não tem o "toque" nescessário para entender animações adultas, não rolou mesmo. Até a Clone entendeu melhor o que era o produto. Simpsons dava mais sorte nos Rio pois na maior parte do tempo os cariocas embarcaram na loucura da animação adulta, mas sofreu igualmente com trocas de vozes e a péssima tradução/adaptação do texto.

    Já Rick & Morty deu sorte não necessariamente de cair em Campinas, mas sem dúvida foi o melhor cartão de visitas da Dubbing Company (junto com La Casa de Papel, que é um dublagem que conquistou seu público) mas sim de cair nas mãos do Renan Alonso, que gosta deste tipo de animação e entende bem o conceito delas.

    E o elenco de Rick e Morty parecia se divertir com aquilo. As temporadas 3 e 4 são as melhores... Ênio Vivona, Renan Alonso, Mariana Pozatto, Raquel Elaine e André Gaiani entenderam bem os personagens e o texto e embarcaram bem naquilo. Ficou melhor que o original e muitos fãs concordam com isso. Eles sacaram que aquilo era teatral, exagerado, caricato.
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    Coordenador geral das edições 2, 3, 4, 5, 6 e 7 do Oscar da Dublagem - Prêmio Yamato, do Anime Friends.
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