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    Dragon Ball Super | "O desafio é manter o nível de Dragon Ball Z", diz Wendel Bezerra sobre a dublagem brasileira

    Falamos sobre a versão nacional com a voz de Goku, que também é diretor da adaptação

    Ao lado de Cavaleiros de Zodíaco, Dragon Ball é uma das franquias de anime mais queridas pelo público brasileiro desde que apareceu nas telinhas pela primeira vez em 1996. Agora, mais de 20 anos e muitas versões depois, um retorno está marcado para acontecer pelo Cartoon Network com Dragon Ball Super, a série de TV iniciada em 2015 no Japão.

    Normalmente um atraso de quase dois anos seria o suficiente para irritar até o fã mais calmo, mas o anime conta com uma qualidade especial: a dublagem em português-brasileiro. Antecipando a estreia, o Omelete conversou sobre o processo de tradução com Wendel Bezerra, diretor de versão nacional e ator responsável pela icônica voz do protagonista Goku.

    Trabalhar em uma franquia de fã fervorosos significa que qualquer mudança será divisiva. Ele começa explicando o processo e os desafios de adaptar a obra de Akira Toriyama. "O público é muito grande, exigente e tem uma expectativa muito grande com essa série - mais que Dragon Ball Z. Então, qualquer coisa que a gente faça vai agradar muitos, desagradar muitos outros. É preciso ter calma, frieza e tranquilidade pois as escolhas nunca são feitas sozinhas, pela cabeça de alguém. É uma equipe que traduz, normalmente a mesma que traduzia os mangás, então conhecem bastante. Aí passa pelo diretor.

    A maioria das coisas precisa ser revisada pela Toei e pelos produtores para ter aprovação, então qualquer coisa decidida passou por algumas pessoas, tanto escolha de elenco, títulos, versões musicais. Tudo é feito em grupo e sempre com a aprovação do cliente. O maior desafio então é, na verdade, fazer o melhor possível e estar preparado para a recepção porque muita gente já assistiu e acompanha. É um grupo de profissionais tentando fazer seu trabalho e o desafio é manter o nível que foi Dragon Ball Z."

    Falando no anime clássico, um dos pontos mais fortes da tradução é contar com todo o elenco original, algo muito pedido pelo público. "Acho que é muito importante manter o maior número de vozes possível da dublagem do Dragon Ball Z porque elas se encaixaram muito bem em cada um dos seus personagens, de acordo com sua característica físicas e perfis psicológicos. Isso é importante porque é quase um sonho do público que assistiu na época, eles não querem perder a identidade. Isso acontece com muitas séries e filmes clássicos, ai se tem uma dublagem nova é como se fosse outro personagem, não é a mesma coisa. Existe uma ansiedade, uma expectativa, em função dessa memória afetiva que as pessoas têm com a série, com aquilo que elas assistiram na infância e na adolescência. Foi muito marcante.

    O sucesso das vozes com seus personagens foi uma coisa decisiva para a aceitação e sucesso de Dragon Ball Z, então foi importante manter isso. Dá um pouco de trabalho, realmente, porque faz muitos anos que gravamos DBZ: algumas pessoas pararam de dublar, outras moram muito longe, tem até dublador morando fora do país, mas não medimos esforços para conseguir trazer todas as vozes que fizeram parte da série clássica. Foi difícil - está sendo difícil - mas a gente tem conseguido e os dubladores estão muito contentes em poder fazer parte desse projeto."

    Com certeza não é tarefa fácil, e Bezerra garante que o processo todo toma bastante tempo. "Dublamos os episódios em blocos de cinco capítulos, para otimizar a vinda de cada ator: ao invés do ator comparecer várias vezes, você junta cinco episódios e ele faz a parte dele ao longo de todos. Um único capítulo demora em torno de 10 horas para dublar, em média. 10 horas de estúdio, depois tem uma hora de controle de qualidade, uma de mixagem, uma de edição e outra de envio para fora do país. Ao total, dá 14 ou 15 horas de dedicação da equipe inteira. Ah, e também tem a tradução. Leva em torno de oito horas para traduzir cada episódio."

    Por fim, o dublador também comentou uma polêmica recente envolvendo a tradução da sequência inicial, recentemente divulgada na internet. "Vi que muita gente odiou a música de abertura. Como eu disse, qualquer coisa que fizermos será divisiva, então temos que lidar com isso. Com relação à abertura, pelo o que eu sei já havia uma feita por uma banda de fãs e se habituaram com aquela versão. Normalmente a primeira referência que você tem é a que acaba ficando na sua mente, então acho que teve esse questão de se acostumarem com a versão que rodava pela internet.

    Fazer uma versão brasileira envolve fazer uma tradução da música, ai criar em cima do significado, passar a tradução para o inglês, mandar para o Japão onde um grupo avalia a fidelidade. Então gravamos a música com diversas vozes e mandamos tudo para lá onde eles escolhem qual versão fica melhor e aprovam.

    É uma coisa feita por profissionais tentando fazer o melhor possível. O tradutor tentou ser fiel, assim como a adaptação; Os cantores dão o seu melhor, e ainda um grupo de pessoas que são donas do projeto no Japão decidem. Particularmente não acho que seja a melhor das músicas de Dragon Ball, mas as de encerramento são muito melhores. Não tem a mesma pegada que Super requer, mas é a música de abertura.

    Não há o que se fazer, foi cantada e mixada por profissionais. Infelizmente nem sempre é possível atender a vontade de parte do público. Com o tempo as pessoas vão se acostumar e curtir a música", conclui.


    https://omelete.uol.com.br/series-tv...em-brasileira/

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    Propaganda com participação do André Rinaldi


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    One Punch Man | "Estávamos pintando em um quadro em branco", diz diretor da dublagem brasileira

    Conversamos com Diego Lima, o responsável pela versão nacional do anime da Madhouse

    Com um evento recheado de novidades no Japão, a Netflix já deixou bem claro que está preparada para entrar de cabeça no universo de animes - mas os fãs brasileiros tiveram um gostinho disso logo em julho, com a chegada de One Punch Man totalmente dublado em português. Rapidamente, esse trabalho de tradução ganhou notoriedade na internet como uma das melhores dos últimos anos. Para falar sobre isso, o Omelete entrevistou Diego Lima, diretor de dublagem da animação no Brasil.

    Ele explica que a bagagem cultural para traduzir um desenho japonês requer um processo complicado de adaptação, mas que teve sorte de pegar um produto tão versátil quanto a série da produtora Madhouse. "Já dublei animes como Cavaleiros do Zodíaco Omega, Naruto Shippuden, Prince of Tennis, etc. One Punch Man é diferente, é um anime que critica os outros animes do ponto de vista de comédia, sem compromisso de arcos muito longos e customizável para cada país, e foi o que fizemos. O anime é um produto difícil por fazer parte de uma outra cultura, a japonesa. Não é uma animação tradicional que nem a americana, é um tipo de animação. Tem conceitos, comicidade e características narrativas diferentes de séries de TV. É um grupo restrito dentro do universo de cultura pop ocidental."

    Levando em consideração que é uma obra de outra cultura, foi preciso trazer as qualidades de One Punch Man para a realidade do público brasileiro. Sobre isso, Lima descreve como um caso engraçado: "Me convidaram para dirigir e explicaram o produto. Apesar de ser um anime, não se passa em uma cidade real, é universal por não ter uma localização definida. O fato de ser um anime de comédia também nos ajuda muito pois a comédia brasileira tem atores muito ricos. É um humor muito peculiar. Aí juntou um anime que era um meme ambulante de expressões riquíssimas com expressões brasileiras que podiam contemplar o entendimento.

    "Foi um processo muito tranquilo, tinha algumas determinações do cliente mas tive liberdade e um elenco muito afinado, muito afim e sem a pressão de fazer um anime famoso, diferente de como é com Cavaleiros e Dragon Ball que são franquias muito bem definidas. Com One Punch Man, estávamos pintando em um quadro em branco".

    "Pesquisei bastante em fóruns e páginas para entender o que as pessoas queriam da dublagem, aí seguimos uma linha-mestre e apostamos em algo que as pessoas gostariam. Só não sabia que iam curtir tanto, isso nunca aconteceu antes comigo."

    E curtiram mesmo. Alguns dias após o lançamento na Netflix, já era possível encontrar montagens no Youtube e Facebook com exemplares dos melhores momentos. Muitos dos fãs também apontaram que a tradução descontraída criou quase que uma espécie de Yu Yu Hakusho da nova geração. Lima comentou a comparação com o clássico de 1992, afirmando que o segredo de ter algo apreciado pelo público brasileiro é justamente olhar para a diversidade do país.

    "Gosto muito da dublagem do Yu Yu Hakusho. Tem um trabalho magistral da direção e elenco, mas era nos anos 90 quando não tinha isso de nicho e plataformas. Você tinha apenas TV aberta e TV a cabo, então você acaba com expressões datadas, que representavam o período que o Brasil vivia. Com One Punch Man tivemos uma preocupação de que todas as expressões, piadas e adaptações fossem atemporais, sem uma assinatura do Sudeste brasileiro, com a pluralidade cultural brasileira. Tem expressões do Norte e Nordeste, outras mais usadas no Rio de Janeiro ou no Sul. Acho que isso é uma grande diferença, mas quando as pessoas fazem essa comparação do ponto de vista de dublagem, fico muito feliz pois foram dois trabalhos de épocas e públicos diferentes que conseguiram vencer a barreira do preconceito da dublagem", afirma.

    Mesmo em um cenário onde até a grande maioria dos videogames vêm com áudio em português, ainda é possível ver esse preconceito com a dublagem. "O que as pessoas muitas vezes sobre mudanças é que a dublagem é uma rampa de acesso para que as pessoas possam consumir aquele produto. Uma pessoa que fala três ou quatro idiomas, por exemplo, vai entender tanto quanto alguém que não tem tanta bagagem, que só sabe ler e escrever. Ambas poderão curtir e entender essa versão brasileira da mesma forma. Existe um preconceito com dublagem mas a nossa é uma das mais ricas, ao lado de França e alguns outros países. Nós adaptamos alguns termos e enriquecemos obras. Mesmo quando ficamos amarrados por diversos fatores que as pessoas nem imaginam, isso dá acesso ao produto para muitas pessoas. Isso em canais a cabo ou na Netflix, que recentemente divulgou que o público brasileiro prefere dublado."

    "Eu como dublador não defendo a dublagem, e sim a opção. Se a pessoa quer assistir legendado, ótimo. Prefere dublado? Ótimo desde que tenha uma excelente dublagem," conclui.


    https://omelete.uol.com.br/series-tv...em-brasileira/

  7. #927
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  8. #928
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    Exclamation Para os mais antigos: quem não se lembra do desodorante Van Ess?

    Lembrei-me de uma série de comerciais da década de 70 do antigo desodorante Van Ess (da Kolynos [que foi comprada pela Colgate-Palmolive nos anos 90]), com a Ivete Jayme dublando a embalagem deste desodorante na animação stop-motion (como também na animação tradicional).
    Tinha uma época na qual os meus saudosos pais compraram deste desodorante (que vinha em três versões: em spray, aerosol e em bastão).
    Talvez o pessoal mais antigo vai se lembrar destes comerciais.
    Aproveitem para dar uma conferida no YouTube, digitando desodorante Van Ess no motor de busca.

    "Aperte-me!"



    Última edição por rodineisilveira; 31/08/17 às 13:10.

  9. #929
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    Mabel Cezar e Guilherme Briggs fazendo participação no "5 alguma coisa"



  10. #930
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