Thiago. Escreveu:A Rayanni chegou a dublar em SP? Eu lembro que ela fazia umas traduções pra UniDub, acho até que parou.
A Mabel tava engrenando no mercado paulista, não sei como fica a situação dela agora.
Outra, quem você acha que tá com a razão nesse rolo todo? Aparentemente a classe de SP tá com a Angélica né?
Num primeiro momento, eu sinceramente não sei dizer quem está com a razão ou não. Por um lado, de fato eu acredito que a Comissão de SP as vezes tenta fazer reserva de mercado e se recusa à se atualizar em certos aspectos. Não adianta querer emplacar diretrizes trabalhistas de 30 anos atrás em 2019 e não pensar que elas não precisam de uma repaginada. Sem contar que muitas vezes, como no caso de Campinas, eu vejo, ou via até ano passado, dubladores renomados de SP xingando abertamente sem pudor (e a Angélica era uma deles), e ainda alegando ética, quando isso é o oposto de ética.
Mas, eu tenho que dizer que não é a classe toda que tá com a Angélica não. A Comissão de SP talvez, embora lá dentro tenham pessoas que não se deem bem com ela, vide certos diretores da Woodvídeo que são pai e filho, cof, cof. Mas, entre os dubladores que não encabeçam a comissão, as opiniões são mais heterogêneas do que se pensa, só que não é todo mundo que vai expor o que pensa assim de uma hora pra outra, com medo de ficar queimado. Tanto que, houveram casos em que a comissão tentou emplacar exigências para com estúdios e se deu mal, como com a Tempo Filmes, que passou a chamar uma galera grande de Campinas pra trabalhar lá depois que uma tentativa de boicote furou recentemente. O resultado é que várias vozes foram trocadas em produções lá, e vários dubladores de SP voltaram a trabalhar no estúdio (embora não todos, os elencos lá tem alguns desfalques hoje) e vida que segue.
Mas, por outro lado, talvez a Rayanni tenha colocado a carroça na frente dos bois. Diferente do RJ, é consolidado em SP que o DRT de rádio não serve como cumprimento de requisito pra dirigir. Isso poderia ter sido conversado antes, de outras formas, e quem sabe não tivessem flexibilizado, como flexibilizaram a regra de direção de 7 anos + 3 protagonistas para ter 2000 horas em dublagem.
Pensando um pouco melhor, depois de tudo que eu já escutei, eu tendo a ficar um pouco inclinado a estar com a Rayanni, mas não é uma opinião tão sólida ainda.
Sobre os outros dois questionamentos, eu também não sei o que a Rayanni já dublou em SP. Mas a Mabel já tem feito bastante coisa na cidade, acho que ela já passou da fase de engrenar.