Neo Hartless Escreveu:Não tem essa de ser "só piada sem graça". Quando você faz isso, principalmente com um grupo minoritário que sofre um preconceito imenso, num país que tem taxa tanto de assassinato quanto de suicídio elevadíssimo deles, como é que uma pessoa acha válido fazer um negócio desses? Como é que é pra só deixar pra lá? Foi mal, se alguém acha apropriado esse tipo de piada, essa pessoa é no mínimo mau caráter. E ainda por cima as pessoas desvirtuarem a crítica da Flora pra "Só grupo x pode interpretar grupo x".
A pessoa que faz a piada é a mesma que interage no local de trabalho, essa separação só serve pras pessoas usarem como desculpa pra não sofrerem consequências pela conduta e fazer quem criticar parecer injusto.
A piada é com pronome neutro, não com mortes de trans ou agressão. Se fosse uma piada sobre bater em LGBTs com uma lâmpada, eu entenderia que se gerasse revolta, porque há conexão com a realidade e com o que você citou, mas não foi o caso. Aliás, pronome neutro como o Kevin falou é algo que eu nem vejo as pessoas defenderem na prática, nem os próprios trans.
Sobre a Flora, talvez ela nunca tenha defendido isso especificamente, mas nos EUA muita gente hoje se movimenta pra isso acontecer. A própria Netflix tem uma política sobre isso em suas dublagens em inglês. Teve um anime chamado Carole & Tuesday onde uma personagem negra foi dublada por uma dubladora branca, e quiseram cancelar a menina por causa disso, por exemplo.