SuperBomber3000 Escreveu:O que complica é que no próprio RJ o pessoal também não queria fazer. O Charles Emmanuel mesmo fez o teste na primeira vez com uma voz toda zuada de propósito para perder o teste, e mesmo assim a Pokemon Company gostou e quis que ele refizesse. Considerando todo esse estresse, eu se fosse a Pokemon Company/DuArt Film & Video teria pagado uns trocados a mais para manter o Fábio Lucindo dublando de um estúdio da Europa.
Na época também teve um pessoal que tentou gostar dessa dublagem carioca de Pokemon e tentou emplacar que seria uma "renovação merecida" da franquia, só que não se faz renovação desse jeito. Não que a dublagem carioca de Pokemon seja tecnicamente ruim, mas dado todo o contexto, é um negócio que não tinha como dar certo nunca.
E depois ainda trocaram para a Doublesound e mudou todo mundo de novo e aí virou zona de vez, depois disto ainda tiveram aquelas redublagens de alguns filmes na Dubbing Company... a identidade foi para as cucuias. Mas, o que o público ainda mais se lembra é a dublagem paulista, tanto que a Doublesound ainda chamou alguns nomes de SP de volta na temporada final do Ash, como a Márcia Regina, o Alfredo Rollo, o Alex Minei o Márcio Marconato.
Velho, faltou um melhor diálogo entre todas as partes interessadas. O cliente já havia dito que não poderia mais manter o Lucindo devido aos custos, se houvesse um melhor diálogo, algum dublador de SP teria topado em fazer o Ash, a tocha seria passada de forma respeitosa, todo o resto do elenco seria mantido e todo esse desgaste teria sido evitado. Na verdade, do que eu ouvi falar na época dos bastidores, muitos dubladores de SP não queriam fazer o Ash, não só em respeito ao Lucindo, mas também por não quererem se indispor com ele (boatos dizem que ele tem um certo temperamento). Tanto que quando aconteceu a troca, Charles Emmanuel entrou em contato pessoalmente com o Lucindo pra falar sobre o ocorrido e o Lucindo simplesmente cagou pra isso. Fizeram uma campanha que ninguém iria dublar o Ash, achando que o cliente iria ceder, só que eles esqueceram que quem manda é o cliente e o cliente rapidamente resolveu esse impasse: mudou todo mundo. Perceba que depois desse caso nunca mais se ouviu falar em protestos contra o cliente na indústria, ou você dubla ou é rua. Na minha opinião, o Lucindo poderia ter sido um pouco mais maleável nesse caso e ter aceitado perder o personagem, poderia inclusive ter indicado algum dublador de SP, o cara vivia em Portugal e já deveria passar pela cabeça dele que cedo ou tarde isso poderia acontecer, mas ele preferiu observar de camarote todo a bravata dos dubladores contra o cliente e o resultado não poderia ter sido pior.