taz Escreveu:Olha essa é uma questão complicada, esse negócio de ruim ou bom, melhor ou pior é algo extremamente subjetivo. Tem muito de mito nessa história de que a dublagem de antigamente era absolutamente irretocável. Não é verdade, haviam bons e maus profissionais, entretanto valorizava-se mais a interpretação, ou seja os atores de antes pareciam passar mais convencimento, mais verdade em seus trabalhos, mesmo aqueles que não tinham formação teatral mandavam bem na interpretação. As coisas eram muito diferentes, hoje e ontem, e continuarão sendo, é complicado ficar comparando passado e presente, porque são situações diferentes, contextos totalmente distintos. Mas sobre a interpretação é fato, embora dubladores como Miriam Ficher e Márcio Seixas critiquem os intérpretes do passado, eles são obrigados a reconhecer a queda de qualidade no quesito interpretação, coisa que foi reconhecida corajosamente pelo Jorgeh Ramos em uma entrevista que ele deu ao Almir Marques. Isso é fato, se até os dubladores reconhecem, a gente tem que reconhecer também. Mas cabe dizer aqui que toda generalização incorre no erro, que é o erro de esquecer que sempre houve e sempre haverá as exceções.Acho que isso entra naquilo que eu falei. Os dubladores hoje em dia estão muito vaidosos.
taz Escreveu:Sobre o Flávio Galvão, não acho que ele era mau dublador, conheço mais o trabalho dele em desenhos animados, e posso dizer que ele era um cara versátil. Não conheço tanto os trabalhos "normais" dele pra elaborar alguma opinião sobre o assunto, mas essa versatilidade em criar tipos é algo a se considerar como característico de um bom dublador.Olha, cara, não penso que seja realmente tão complicado fazer um falsete e convencer num personagem de desenho animado. Na minha opinião, bem mais difícil ser encarregado de interpretar um ator tão expressivo quanto o Larry Hagman e se sair bem como o Orlando Prado o fez, por exemplo, e com maestria. Aliás, Orlando Prado é sem dúvidas um dos melhores dubladores de sua geração. Qualquer trabalho dele é puro deleite para quem gosta de dublagem, ou quem gosta de ver um trabalho artístico bem feito. E ele era muito versátil também, como eu não acredito que o Flávio Galvão seja. No caso, o Orlando Prado dublava todo o tipo de personagem. Magrelos, gordos, galãs, vilões, jovens, velhos... enfim, um ator sensacional.
taz Escreveu:Não acho que seja necessário haver mais união, afinal não é muito ético pedir para que pessoas que se odeiam se gostem hehehe, mas se houver profissionalismo e sobretudo justiça. aí sim, mesmo todo mundo se odiando (hehe) o negócio sai.Não digo que todo mundo tem que se gostar ou fingir que gosta, mas tem que ter, vitalmente, respeito. Não sei se você chegou á ler sobre o caso do Clécio Souto que foi deposto do seu cargo como dublador do Capitão América por interferência do Briggs, mas é mais ou menos disso que eu falo. Se houvesse respeito, o Briggs -- teorizando que não goste do Clécio -- não o enganaria para conseguir informações úteis para que a produtora lá pudesse dispensar o Clécio de suas funções.
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