SuperBomber3000 Escreveu:YYH ganhou algumas vozes mais jovens na redublagem de 2003/2004. Na versão da Manchete tinha algumas repetições sim(como o Sérgio Stern dublando mais 2 personagens além do Sensui), mas nada grave.
Death Note de limitação no cast só teve o Flávio Back e o Ronalth Abreu fazendo mais de uma ponta, mas teve sim um cast diversificado.
E me desculpa, mas o primeiro FMA tem uma dublagem superior à do Brotherhood. Inclusive no aspecto das vozes. Apesar das 2 versões terem recebido boas versões brasileiras.
No caso de dublagens no México, vale lembrar que não só o México dubla na América Latina, mas também Chile, Colômbia, Argentina e Venezuela. Logo, seria mais fácil comparar o México com um polo específico do Brasil, ao invés de comparar com toda a dublagem brasileira.
E o Aldo César dublou Akira também no início dos anos 90, além de algumas pontas.
Sem falar que o José Soares dublou DBZ na Álamo, o patriarca de Namekusei.
Fiz um voto de silêncio, mas já quebrei anteriormente, e agora novamente desrespeitarei minha disciplina pessoal em prol do esclarecimento de algumas questões. Mas uma coisa me intriga, essa tua mania de ressuscitar discussões antigas e que não tem nada a ver com o assunto do tópico. Já prometi a mim mesmo não cair nesse tipo de armadilha, mas a carne é fraca.
Primeiro você não precisa se desculpar de nada por discordar de mim, você é dono da tua opinião, não tem que pedir permissão a ninguém para expor o que pensa, e muito menos pedir perdão por uma coisa que é tua e é um direito teu.
E eu também tenho o direito de discordar de tudo que você diz, principalmente porque algumas coisas que eu falei foram interpretadas de uma maneira distorcida, não estou dizendo que você distorceu, eu estou dizendo que talvez eu não tenha sido claro o suficiente para expor o meu julgamento sobre determinada questão, escolhendo termos, expressões e palavras que talvez tivessem um significado dúbio, levando a esse tipo de questionamento.
Mas vamos às tuas colocações, sobre FMA, não vejo superioridade da dublagem da primeira série em relação à segunda, o que eu pude analisar assistindo a vários episódios da primeira série é que tem escalas (que o pessoal aqui chama de escalações, mas escalação seria uma espécie de conjunto de escalas na minha opinião) que não foram lá muito ortodoxas, isso para os coadjuvantes, eu achei a escolha do próprio Marcelo Campos e do Rodrigo Andreatto inapropriadas para as vozes dos personagens principais, mas eles fizeram um trabalho realmente muito bom, e que não deixou a desejar, até porque são dubladores experientes e competentes, apesar de ter sido uma escolha um tanto questionável, porém uma aposta certeira e que teve um resultado satisfatório.
Ainda sobre FMA várias escalas foram interessantes, mas havia muita repetição de vozes nos coadjuvantes e isso incomodava muito. E fora alguns dubladores em papéis que não eram pra eles, como a Trisha Elric / Juliet Douglas / Indolência que foi dublada pelo vozeirão da Cecília Lemes, quando o papel pedia uma coisa mais suave, mais leve. Francamente, eu curto mais a dublagem americana de FMA e FMA Brotherhood, acho que as vozes que eles escolheram, os tipos, e tudo mais são muito adequados aos papéis, e eu curto até assistir mais em inglês do que em japonês, porque eu curto aquela coisa performática que os americanos fazem, os americanos sabem criar tipos, eles sabem ler bem as características dos personagens e escolherem as vozes. Eu não sou diretor e nem profissional, mas acho que deve ser difícil escolher vozes de animes, baseados nas vozes originais japonesas, porque eles tem uma concepção totalmente distinta da nossa em relação a isso, e os americanos já compartilham mais semelhanças conosco, embora os japoneses sejam extremamente competentes em expor as emoções, os gritos, essa coisa toda, fica tudo muito real, e acho que ninguém faz isso como eles.
Fora que FMA Brotherhood é mais fiel ao original, FMA nem tanto, tem muita história filler, aliás o anime tem sua história principal baseada em uma coisa que não estava no mangá original, enfim, não é fiel, porém não deixa de ser interessante. Em Brotherhood eu curti muito a escolha da Alessandra Araújo para Trisha Elric, as vozes do Van Hohenheim e a voz do Grumman o José Carlos Guerra, aliás do Grumman, até a voz americana é superior à voz anterior também. Mas é claro teve a presença de uns dubladores fraquíssimos, mas era inevitável, o casting era enorme, infelizmente não poderia ser diferente. Senti falta do Mário Jorge Montini, que eu adoro o trabalho dele porque ele é um cara excepcional, mas ele não poderia retornar ao seu papel original, vide que o personagem mudou de visual nesta nova versão do anime, e exigia uma voz bem mais jovem.
Sobre YYH, bom, na minha opinião é uma das dublagens mais superestimadas da história da dublagem brasileira, juntamente com a de Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball Z, dentre outras, tem muita coisa muito melhor que ninguém nem lembra, e o pessoal fica idolatrando essas dublagens como se fossem perfeitas e intocáveis, lamentável. Mas enfim, um coisa eu tenho que reconhecer, essa dublagem de YYH é inesquecível, eu era gurizinho quando passou na Manchete, eu tinha 5/6 anos de idade, isso por volta de 1996/1997, a Manchete já tava falindo naquela época, e eu ainda me lembrava de algumas vozes, me lembro também porque foi na época que minha avó paterna estava no final da vida, definhando devido a um câncer. Lembro principalmente do Yusuke, do Kuwabara e do Sensui. Aliás o Sensui é "O Vilão" de YYH, embora o pessoal diga que é o Toguro, mas eu discordo, o Sensui, é o vilão desse anime, ele é complexo, cheio de facetas, ambiguidades, e o Sérgio Stern, cujo o trabalho eu não aprecio tanto no geral, fez o melhor trabalho da carreira dele, porque o cara é muito fiel ao original, mas não perdeu o jogo de cintura, foi excelente sem dúvida.
Mas o casting de YYH é limitado, não só em aspectos de repetição de vozes, até porque isso é inevitável em produções com muitos personagens, mas quando me refiro a limitação é a limitação a nível artístico, a nível de interpretação, embora principalmente as vozes principais dos personagens foram muito bem escaladas, Miriam Ficher, Christiano Torreão, Peterson Adriano, Nelly Amaral, Carmen Sheila, enfim, só fera, mas tinha também seus dubladores fracos, e isso infelizmente leva a uma queda de qualidade na dublagem, e isso é uma limitação em outro aspecto, sem dúvida. YYH também pode ser reconhecida como a série, o anime, cuja a redublagem mais respeitou o trabalho da dublagem original, pra quem não se lembrava dos detalhes das vozes do original como eu, parecia por despercebido e acharia que aquela era a dublagem original.
Sobre Death Note, tem excelente escalas realmente, mas alguns dubladores escalados são péssimos, tem uma dubladora lá que é tão ruim, que até hoje o pessoal não sabe o nome dela. Eu particularmente curti muito o trabalho do José Leonardo, do Sérgio Cantú e do Charles Emmanuel, realmente ficou muito legal, outros também fizeram trabalhos interessantes sem dúvida, mas temos que reconhecer que a limitação do casting não foi apenas nas vozes repetidas, foi novamente a limitação artística, a interpretação limitada de alguns dubladores que me incomodou muito naquela dublagem, que num todo é bem legal, mas a nível de interpretação tem muita gente que deixa a desejar, pode ser que sejam bons atores, mas ainda não dominam a técnica da emoção com a voz necessária para uma dublagem de qualidade.
Sim, você tem razão em relação ao México, deveria ter falado dublagem latina, mas não sei se você boa parte das produções com dublagem latina são realizadas no México, e algumas são realizadas em Porto Rico, Miami (?) e Los Angeles, além de outros países latino-americanos. Mas eu particularmente conheço apenas a dublagem do México, que é a mais representativa dentre todos os outros países latino-americanos de "habla hispana", é só você pesquisar que encontrará isso que eu estou falando, acho que as dublagens da Argentina e Chile por exemplo tem um alcance mais restrito, até porque o sotaque Argentino é um dos mais diferentes que eu conheço dentro da língua espanhola. A Espanha também dubla, mas eu ainda não conheço os trabalhos espanhóis, eles se referem ao espanhol falado na Espanha como "castellano".
Sobre veteranos em anime, não escondo de ninguém minhas preferências pelos dubladores veteranos, eu acho que eles foram sub-aproveitados em animes, infelizmente, tinham muito a oferecer, mas ficaram restritos a papéis pequenos e pontas, enquanto que dubladores de pior qualidade, em termos de interpretação, de expressividade, assumiam papéis maiores e que estes veteranos poderiam fazer sem qualquer problema, mas fazer o que, já passou, espero que o pessoal tenha mais sensibilidade e parece que alguns estão tendo de nos brindar com essas vozes e interpretações de altíssimo nível. Aliás Aldo César não só um dublador, o cara era um professor na arte de interpretar, um mestre da emoção, ela sabia brincar com as palavras e dar o tom e a emoção certa, era perfeito ao dublar vilões, que foram muitos ao longo da sua carreira, impecável.
Agora, não sei de onde que tu tirou que o Zé Soares dublou o Patriarca de Namekusei, que eu saiba ele foi dublado pelo César Leitão. Um dos anciões das vilas de Namekusei foi dublado pelo Muíbo César Cury e o outro eu não verifiquei ainda mais dizem que foi pelo Gilberto Baroli. Talvez seja ele, o Moori, que você esteja se referindo, que se tornou o novo Patriarca, não lembro da voz dele, tenho que verificar, mas pelo que eu sei José Soares fez uma micro-participação como Gohan, o velhinho que adotou o Goku em Dragon Ball.
Apesar dos pesares, eu curto a dublagem de CDZ, DBZ, FMA, YYH, FMA Brotherhood e até mesmo Death Note. Mas acho que elas são muito superestimadas, eu acho que o pessoal não pode ficar tomando esse tipo de coisa como modelo de dublagem excelente, porque elas tem muitas falhas, e algumas delas tem falhas grosseiras, e são limitadas, no Brasil, a limitação não se vê na diversidade de vozes, mas na diversidade de interpretações, sobretudo a nível de interpretações de qualidade. Um anime que não tem um enredo complexo, mas cuja a dublagem eu considero boa é Street Fighter II Victory, apesar das trocas de vozes e repetições, mas tinha muita gente boa naquela dublagem, o diretor, Nelson Machado, teve essa sensibilidade.
Quero lembrar acima de tudo, que eu tenho ciência de que esse assunto nada tem a ver com o tema do tópico, mas estou utilizando do direito de me defender, e expor minhas ideias com clareza aqui neste tópico para não gerar más interpretações. Segunda coisa, o que eu disse são apenas opiniões acerca de um determinado tema, ou aspecto da dublagem brasileira, não são verdades absolutas, é um parecer sobre, e não uma verdade imposta a quem quer que seja, e está muito longe de ser perfeita e inquestionável, todos temos o direito de debate e emitir nossas opiniões.
E SuperBomber3000 quando quiser debater sobre dublagem fique a vontade e me envie as MPs que quiser, se quiser. Estou aberto ao diálogo e à conciliação.