Bruna Escreveu:Pois é, mas acho que não é tão comum um dublador que tenha a voz tão grave que tenha dificuldades pra modulá-la, geralmente isso acontece por causa da idade, a pessoa meio que perde a capacidade de alcançar certos tons.
O Waldir Guedes, por exemplo, se estivesse vivo ainda hoje, teria na casa dos 81, e eu imagino que ele não conseguiria mais fazer as mesmas coisas que ele fazia com a voz nos tempos da AIC, é natural; triste, porém natural.
É esse filme mesmo, ô filme tenso, e a Globo exibia á torto e á direito, rsrs.
Olha, agora quem vai relativizar sou eu rsrsrs. É muito relativo isso aí que tu disse. É fato que a tendência das vozes é envelhecer e ficar mais grave com o tempo. Entretanto, cada caso é um caso e precisa ser analisado com cuidado. Sempre existem pontos fora da curva. Henrique Ogalla e Zezinho Cutolo que o digam. Zezinho disse que nunca dublou um adulto na carreira. Claro que as vozes deles envelheceram e ficaram mais graves, mas não como outras vozes 'médias' do espectro vocal masculino. Mas enfim, não é sobre isso que estamos falando aqui.
Bruna, eu acho que não vale a pena discutir o assunto. Eu acho que entendi o seu posicionamento, e sinceramente não concordo contigo, pelo menos não totalmente.
Aparentemente tu tá dizendo que o Waldir Guedes e outros, são dubladores que tem um amplo espectro vocal. E esses outros caras, tipo Dário e Garcia não tem. Eu acho que a discussão fica muito 'circular' e acaba sendo prejudicada, porque de fato, o que estamos discutindo são questão de ponto de vista e subjetivas. Pode ser que a gente chegue a um consenso, pode ser que não.
As vezes não há lado certo ou errado em algumas questões. Neste caso existem parâmetros diferentes que estamos considerando. Os seus parâmetros são uns. E os meus são outros.
Na verdade, não temos como saber de fato todas as matizes do espectro vocal de uma pessoa. O tópico por si só é mera especulação, e feito por meio de opiniões de pessoas que viram os trabalhos e tão dizendo que é assim e ponto. Isso é um tópico de opinião. As vezes não adianta discutir, se vemos as coisas de forma diferente.
Eu acho que tu tá superestimando muito uma coisa, e subestimando muito o outro lado. Pode ser que o que eu esteja dizendo não seja o suficiente pra te convencer. Mas muita gente não acha a mesma coisa. Inclusive profissionais da área, como o Márcio Seixas.
Quero deixar claro, é só uma opinião, e estamos todos aqui tentando contribuir e tentando fazer tudo da melhor maneira possível. Não importa quem está errado ou quem sabe mais, pq nesses casos, quando a gente tá lidando com parâmetros que são por vezes meramente subjetivos e qualitativos, e que são coisas que de fato não são possíveis de mensurar. Ou pelo menos não conseguimos mensurar, o 'ouvidômetro' é um bom instrumento de trabalho, mas essas percepções que captamos através de estímulos auditivos passam por um longo caminho até se tornarem conscientes, pra que enfim possamos escrevê-las por aqui.
Se não dá pra mensurar, não dá pra avaliar, e for pra ficar na base do 'se' e do futuro de pretérito, acho que não vale a pena discutir. Na base do 'eu acho' e do 'se' não vai rolar.