Tópico para citar dubladores que ficaram conhecidos com pouco tempo de carreira, ou seja, dublaram personagens importantes desde cedo.
Como "pouco tempo" é bem relativo eu deixo aqui uma marca de no máximo 2 ou 3 anos de carreira.
Exemplo: Robson Kumode dublando Sasuke.
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“Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade.” - Edgar Allan Poe
Robson Kumode não dublou o Sasuke com 2 anos, mas com 6 meses de carreira.
A Carol Valença dublou o Doraemon com + ou - 1 ano de carreira, que eu lembre. Depois foi no embalo em Supergirl, One Piece e outros trabalhos de renome.
O Lucas Almeida também ganhou destaque com o Sinbad do anime Magi, dublando ele aí com 6 meses de profissão.
Se for falar de dubladores mirins tanto no RJ quanto em SP a coisa já muda um pouco de figura, já que a renovação é constante.
Mas, fora os mirins, são casos esporádicos. Não lembro de mais nenhum, na prática. O que mais tem é o contrário, gente que tá aí há 5, 10, as vezes até 15 ou 20 anos no mercado sem o destaque merecido.
(Este post foi modificado pela última vez em: 17-06-2020, 03:56 por SuperBomber3000.)
Vitor Mello no principal de Atypical. começou a dublar com alguns meses antes na dublagem.
SuperBomber3000 Escreveu:O que mais tem é o contrário, gente que tá aí há 5, 10, as vezes até 15 ou 20 anos no mercado sem o destaque merecido. 10, 15 anos? Olha, eu só me lembro de um caso de alguém que se enquadra nisso. Se passou disso e não tem destaque, geralmente é mais questão de talento do que outra coisa...
É um assunto polêmico. Como todo mundo já sabe que a indústria da dublagem brasileira tem o lado que não é flor que se cheire, a única coisa que me faz acreditar que esses dubladores conseguiram destaque tão rápido no ramo é: influência. Algum parente, amigo, conhecido de dentro da dublagem que fez a pessoa se destacar tão rápido. E sinceramente, não me surpreenderia, isso é comum em qualquer profissão, infelizmente. O próprio Júnior Nanetti já falou em entrevista que meio que teve que "mendigar" atenção de alguns dubladores, pedindo pra conhecer estúdios na cara dura, pra acompanhar trabalhos e por aí vai. Ele teve que "meter as caras" pra finalmente ter o seu destaque, depois de 10 anos, que foi dublar o Champa.
É, amigos...isso é um banho de água fria pra qualquer pessoa que queria entrar no ramo. E infelizmente ainda tem dublador que tenta vender a imagem de que tudo são mil maravilhas.
A dublagem é um ramo fechado, mesmo.
Mas qual ramo artístico não é? A maioria das pessoas que tenta viver de arte tem problemas pra se sustentar, a verdade do nosso país é essa.
Mas por algum motivo, talvez pelo fato do salário não ser astronômico e os dubladores serem mais "povão" que os atores da Globo, por exemplo, as pessoas esperam que a dublagem seja mais palpável e acessível que as outras áreas do meio artístico. E não tô falando de ninguém do tópico, mas tem gente que se frustra e começa a virar hater de dublagem e dublador na Internet. E é até dono de grupo sobre o tema, achando que é fã.
Kevinkakaka Escreveu:10, 15 anos? Olha, eu só me lembro de um caso de alguém que se enquadra nisso. Se passou disso e não tem destaque, geralmente é mais questão de talento do que outra coisa...
Ou então a pessoa não conseguiu se enfiar nas panelinhas. E a questão das panelinhas é foda. No Rio, mais ainda do que em SP. Muitas delas são ultrafechadas.
Até tem casos de gente que eventualmente larga o meio e foca em outras profissões e atividades. Nathalia Pitty começou em 97 criança, mas aparentemente deu uma pausa, dublou muito pouco na segunda metade da década de 2000 e só voltou a ter destaque na década de 2010, por exemplo. Pierre Bittencourt é outro que começou criança, parou por muitos anos, mas voltou com tudo na década em questão. Walter Breda é outro que eventualmente sai da dublagem e vai pra TV, e assim por diante. Tem esses casos.
Isso tem muito mais a ver com o enchimento do mercado do que com talento. Entra muita gente na dublagem, mas permanecer nela é difícil. E não dá pra dizer que "ah, é só aguentar ficar 5, 10 anos APENAS fazendo pontinha que daqui a pouco você consegue", se a pessoa aguenta isso, ela é guerreira, no mínimo.
H4RRY Escreveu:É um assunto polêmico. Como todo mundo já sabe que a indústria da dublagem brasileira tem o lado que não é flor que se cheire, a única coisa que me faz acreditar que esses dubladores conseguiram destaque tão rápido no ramo é: influência. Algum parente, amigo, conhecido de dentro da dublagem que fez a pessoa se destacar tão rápido. E sinceramente, não me surpreenderia, isso é comum em qualquer profissão, infelizmente. O próprio Júnior Nanetti já falou em entrevista que meio que teve que "mendigar" atenção de alguns dubladores, pedindo pra conhecer estúdios na cara dura, pra acompanhar trabalhos e por aí vai. Ele teve que "meter as caras" pra finalmente ter o seu destaque, depois de 10 anos, que foi dublar o Champa.
É, amigos...isso é um banho de água fria pra qualquer pessoa que queria entrar no ramo. E infelizmente ainda tem dublador que tenta vender a imagem de que tudo são mil maravilhas.
Pra ser justo, o Júnior chegou a fazer outras coisas grandes antes do Champa, principalmente no que se refere aos games. Mas sim, o Champa foi um dos grandes trabalhos da carreira dele desde então.
Porém, eu concordo contigo que existe um lado na profissão que não é legal. Claro que networking em qualquer profissão é algo válido e necessário, mas na dublagem existem outros fatores - desagradáveis e tristes, é bom deixar claro - que a gente sabe quais são.
E fora o Júnior, eu lembro de vários outros casos que demoraram 10 anos ou mais pra engrenar, por sorte, alguns desses quando engrenaram, engrenaram de vez e não pararam mais, como o Wallace Raj quando virou coordenador/diretor na Marmac, por exemplo. O cara decolou na profissão de um jeito merecido de 2013 em diante e hoje já tá firmado.
Um caso muito emblemático que me deixa com a pulga atrás da orelha é o do Marcos Hailer. O cara começou a carreira nos anos 90 e início dos 2000 relativamente bem, mas foi só ser substituído em Family Guy (ele foi a primeira voz do Chris Griffin, antes do Yuri, pra quem não se lembra) que foi, digamos, pra um tipo de ostracismo, talvez não no meio em si, mas com o público e em termos de reconhecimento de trabalho, e já tem uns 15 anos ou mais que eu só o escuto em papeis muito pequenos ou pontas. Ele faz muitas pontas em várias casas, o que deve render uma grana razoável, mas não o escuto em papeis grandes hoje em dia, o que é uma pena.
Acho que um dos exemplos mais conhecidos é o do Raphael Rossatto. Seu primeiro trabalho foi cantando em Enrolados, o que fez muita gente fazer comparações entre ele e o Luciano Huck no Flynn Rider.
"Tá loca, está onde México:
Aqui sim desgosto, oitenta e cinto.
Que dirá.. não... queridá... Chiquititinha.
Lhe sucata onde. E na alergia eu sentei pela loucura, tô com um mico que vai votar."
Del Ocho, Chavo
RHCSSCHR Escreveu:Acho que um dos exemplos mais conhecidos é o do Raphael Rossatto. Seu primeiro trabalho foi cantando em Enrolados, o que fez muita gente fazer comparações entre ele e o Luciano Huck no Flynn Rider.
É um bom exemplo no Rio, junto com o Daniel Müller.
Alguém sabe quantos anos de carreira tem a Raquel Masuet? Ela do nada começou a dublar um monte de animes na Som de Vera Cruz, o que deu certa visibilidade pra ela.
SuperBomber3000 Escreveu:É um bom exemplo no Rio, junto com o Daniel Müller.
Alguém sabe quantos anos de carreira tem a Raquel Masuet? Ela do nada começou a dublar um monte de animes na Som de Vera Cruz, o que deu certa visibilidade pra ela. Aline Guioli também, não?
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“Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade.” - Edgar Allan Poe
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